SOBRE A ESCOLA


 MISSÃO DA ESCOLA

" Proporcionar condições adequadas para que o aluno desenvolva competências e habilidades cognitivas, procedimentais e atitudinais, a fim de compreender a realidade social e atuar de modo eficaz, responsável e critico. "

MODALIDADE DE EDUCAÇÃO

Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos - nível Fundamental e Médio, PRONATEC/Informática e Curso Normal.

 A ESCOLA ...


A Escola Estadual Presidente Kennedy foi fundada e autorizada a funcionar em 14 de fevereiro de 1964 no prédio do Grupo Escolar Professor João Mestre à Rua Dona Inês, nº 103, depois no prédio pré-fabricado à Rua José Américo, s/nº, graças à iniciativa, interesse e dinamismo do pároco da comunidade Padre Rogério Abdala.
Continuando seu trabalho, Padre Rogério convocou elementos da comunidade para lutarem juntos em prol da construção do prédio. O terreno foi doado pela Cúria Diocesana, à Praça Cel. Flávio, nº 104; realizou-se uma Festa de São Sebastião, fazendeiros doaram leite, pedreiros doaram dias de serviço, o Estado enviou verba do Plano Trienal da Aliança para o Progresso.
Em 24/12/1965 a Lei nº 3.958 criou o Ginásio Estadual Presidente Kennedy para ministrar o curso ginasial (5ª a 8ª séries).
Em 03/06/1968 a Lei nº 4.795 criou o Colégio Normal Oficial anexo ao Ginásio Estadual Presidente Kennedy, com sede à Rua São João, nº 390. O curso normal seria mantido pela Prefeitura e foi autorizado pela Lei nº 287 de 27/01/68, livro nº 03, folha 239, Prefeitura Municipal.
Em 26/02/80 foi realizada a permuta de prédios entre Estado e Prefeitura, sendo respectivamente 424,60 m² de área construída, com dois pavimentos e área de terreno 870,00 m² à Pça. Cel. Flávio, nº 104 (onde funcionava a Escola Estadual Presidente Kennedy) e 455,90 m² de área construída e 2.468,00 m² de terreno à Rua São João, nº 390 (onde funcionava o Colégio Normal Municipal) conforme escritura registrada no Livro 58-D Fls. 50 vs. Cart. 7º Ofício de Notas de Belo Horizonte - MG.
Em 16/12/85 foi criado o Segundo Grau Estadual no município em ato assinado pelo então Secretário da Educação Sr. Octávio Elíseo Alves de Brito e publicado no "Minas Gerais" de 16/12/85, pág. 10 - col. 01 e somente em 22/02/86 foi registrado a autorização do funcionamento deste 2º Grau na Escola Estadual Presidente Kenndy e assinado por Dr. Neidson Rodrigues, conforme Portaria nº 398/86 publicada no "Minas Gerais" de 22/02/86, Pág. L6 - col. 02.
A ampliação do prédio à Rua São João, nº 390 para funcionamento a Escola Estadual Presidente Kennedy de 1º e 2º Graus foi autorizada pela Resolução nº 5.902 de 12/02/86 pelo Secretário de Estado da Educação cumprindo determinações do Governo do Estado, publicado no "Minas Gerais" de 14/02/86, Pág. 5 - col. 02. Projetada pela CARPE a obra somente foi concluída em outubro de 1991, com parceria da Prefeitura Municipal.
A mudança da escola para o prédio novo foi autorizada pela Portaria nº 046/93, publicada no "Minas Gerais" de 28/01/93 - Pág. 07 - Col. 01, funcionando num só local, o Ensino de 5ª a 8ª Séries e o Curso de Magistério.
E, realizando uma antiga aspiração da comunidade paulense, pela Portaria nº 02/95, publicada no Minas Gerais de 05/01/95, da Secretaria de Desenvolvimento Educacional foi autorizado e implantado na Escola Estadual Presidente Kennedy, o Ensino Médio Comum Geral, nos termos do Art. 4º da Resolução CEE nº 342 de 12/09/86.
Em 16 de junho de 2004 através da Lei 15.181, publicada no Minas Gerais de 17 de junho de 2004,  a escola passou a denominar-se ESCOLA ESTADUAL PADRE ROGÉRIO ABDALA, uma homenagem a seu fundador.


  BIOGRAFIA DE PADRE ROGÉRIO ABDALA

 
Padre Rogério Abdala nasceu na cidade de Campos Gerais no dia 16 de setembro de 1935. Filho de Feres Abdala e de D. Sada Nasser Abdala, ambos libaneses.
Era caçula de seus nove irmãos. Iniciou seus estudos na E.E. "Carlos Gois"revelando-se um aluno muito inteligente. Com 12 anos de idade prestou exame de admissão e entrou na 1ª série (hoje 5ª série) no Seminário em Campanha, onde cursou o 1º e o 2º graus. Saiu a 30 de novembro de 1954. Interrompeu os estudos em 1950 e 1952, por motivo de saúde.
Foi para o Seminário maior de São José de Mariana. Seguiu para Belo Horizonte a fim de fazer o Curso Superior de Filosofia e Teologia. Sobressaiu-se como bom aluno,  participava com talento de peças teatrais, tinha ótima voz e gostava de música. Era  líder organizado e criativo. Recebeu o Diaconato, ordenou-se padre no dia 16 de julho de 1961, em Campos Gerais, por D. Othon Motta.
Foi coadjuntor em Nepomuceno, em Varginha (Paróquia  São Sebastião), Diretor da Rádio Difusora da Campanha; nomeado vigário de Monsenhor Paulo em 27 de janeiro de 1963, tomando posse em 16 de fevereiro do mesmo ano. No início, Pe. Rogério só atendia a comunidade de Monsenhor Paulo, nos fins de semana.
Quando Pe. Rogério chegou, a única distração dos jovens paulenses, era a praça da Igreja, onde à noite, os jovens caminhavam ao seu redor, sem chegar a lugar algum.
No ano anterior a sua chegada, 1962, alguns jovens recém formados nos Colégios internos das cidades vizinhas, se juntaram aos demais, numa solidão e falta de perspectiva. Uma delas foi procurada por quatro moças de tradicional família que também queriam dar continuidade aos seus estudos. A notícia foi se espalhando e mais interessados apareceram. Formou-se uma classe de 15 alunos.
Uma certa noite, sexta-feira, dia em que Padre Rogério vinha para a sua paróquia, faltou energia elétrica na cidade, a professora Wanny Câmara Furquim  reuniu seus alunos e todos se dirigiram à praça da Igreja.
Padre Rogério, observando aquela movimentação, aproximou-se do grupo, participando da aula. Com certeza, em sua cabeça, passou a idéia maravilhosa de criação de uma escola de 1º grau (do admissão à 4ª série, hoje 2º ano do ciclo intermediário ao 2º ano do ciclo avançado).
No dia seguinte, Pe. Rogério pediu a presença da professora Wanny, na Casa Paroquial e ambos fizeram um plano de ação, para organizar a futura Escola. Deste momento em diante, chamou para si, toda a responsabilidade do ensino, em Monsenhor Paulo. Viajou para Três Corações onde funcionava a Seccional do Ensino e se informou sobre os procedimentos imediatos a serem tomados. A professora Wanny realizou a matrícula para fazer um levantamento de dados.
Graças ao espírito empreendedor e pioneiro de Pe. Rogério, de seu trabalho persistente, sua campanha de conscientização (durante as missas e visitas às casas), de seu incentivo levando  a cada lar mensagens através dos boletins paroquiais, abriu-se um novo horizonte para os que queriam estudar.
Pe. Rogério apresentava uma personalidade forte, falava às claras, sem nada temer. Para estar mais em contato com os jovens, abriu as portas da Casa Paroquial e providenciou uma vida mais social, com jogos, dança. Lá se conversava, jogava-se e dançava. Ele se preocupava com o ser humano e em criar ambiente de lazer sadio, defendia os ideais dos jovens.
Os mais velhos ficaram horrorizados com a atitude do pároco. Mas ele tinha seu objetivo, cativar, orientar, incentivar.
Enviada a documentação exigida, a Seccional autorizou o funcionamento da Escola Paroquial em 14/02/62. Então, o líder Pe. Rogério arregimentou mais gente para a causa da Educação.
Organizou-se o 1º Exame de Admissão com a presença do Inspetor Escolar Dr. Edmundo Nogueira e membros da comissão examinadora constituída pelos professores: Geraldo Belato Teixeira, Wanny Câmara Furquim, Maria Aparecida Rezende, Dr. Ary Tavares e Emília Orminda de Carvalho.
No dia 08/03/64, o Ginásio Paroquial foi instalado com a presença de várias autoridades locais e cidades vizinhas. O prédio da E. E. Professor João Mestre foi cedido pelo Estado para funcionamento da Nova Escola, ordem expedida pelo Sr. Secretário da Educação Sr. José de Faria Tavares conseguida por Pe. Rogério. O funcionamento era noturno. Devido os problemas surgidos com limpeza, falta de pessoal, a Escola foi transferida para um prédio pré-fabricado, construído pelo Estado, à Rua José Américo, s/nº.
Padre Rogério realizava suas viagens em prol da comunidade ora, em Três Corações, Belo Horizonte, Campanha sem receber ajuda financeira de ninguém. Tudo corria por sua conta. Conseguiu a vinda das Irmãs de Sion para dar aulas, também alguns padres que tinham habilitação para lecionar. Transportava irmãs e padres no seu carro, mesmo assim começou encontrar dificuldades. Conseguiu que algumas Irmãs de Sion residissem em Monsenhor Paulo; arrumou acomodação para elas. Visando o futuro, tirou o professorado do marasmo e de comodismo e providenciou para algumas professoras paulenses frequentarem o "Curso de Cades", em Três Corações, entre elas Wanny, Maria Aparecida Rezende e Emília Orminda de Carvalho. Curso este que preparava professores para o Exame de Suficiência "Concurso Público". Aí iniciou o progresso dos professores que se submeteram e foram aprovados em concurso público para lecionar de 5ª a 8ª série. Animados com os resultados e incentivados por Pe. Rogério estes elementos se ingressaram na Faculdade de Filosofia, em Três Corações.
Nesta mesma ocasião, numa vibração sem precedente, estimulou os jovens paulenses na prática de esporte.
Inscreveu os times de voley e futebol, nas Olimpíadas em Campanha. As equipes inscritas sempre chegavam à decisão final. Na IX Olimpíada, Monsenhor Paulo ficou para a final e conseguiu ser vice-campeã (voley feminino). Os paulenses viveram um clima de autêntica festa de desporte amadorista.
O progresso foi trazendo requintes. Daí sob a liderança de Pe. Rogério começou a campanha pró-construção do Ginásio, depois de ter conseguido junto à Cúria Diocesana e doação do terreno.
Os movimentos em prol da construção foram os seguintes:
- Festa de São Sebastião; (organização de concurso de barracas Rancho Alegre e Primavera)
- Abertura de um livro "Livro de Ouro" em benefício da Escola (uma comissão foi constituída para procurar assinantes)
- Várias campanhas como: fornecimento de um dia de leite entre os fazendeiros; também entre fazendeiros a doação de pedras, areia e transporte. Os pedreiros doaram um dia de serviço. Os professores os vitrôs..
- Rifas de televisão, etc...
Padre Rogério conseguiu também ajuda do Estado com verbas do plano "Aliança para o Progresso".
Organizou o Grêmio Estudantil que promovia eventos em benefício da Escola.
Foi o primeiro diretor da escola. Como não podia permanecer o tempo integral, na cidade, visto continuar com alguns encargos, em Campanha, conseguiu junto à Secretaria de Estado da Educação o comissionamento da professora Wanny para substituí-lo, quando estivesse ausente. Trabalhou incansavelmente para estadualizar o ensino.
Organizou a comissão para a construção do prédio próprio para funcionamento da Escola Presidente Kennedy.
Em dezembro de 1965 o Sr. Governador do Estado, Dr. José Magalhães Pinto, criou o Ginásio Estadual Presidente Kennedy.
A comissão pró-construção entregou o prédio pronto em 20 de janeiro de 1966, quando se deu a instalação do Ginásio Estadual. Em 1968 o 2º grau foi autorizado.
Padre Rogério foi empossado, nesta mesma data e permaneceu até março de 1970. Em todo período, em Monsenhor Paulo, Pe. Rogério foi o vértice da família paulense. Foi agraciado com o título de "Cidadão Paulense". É sempre lembrado como "Símbolo de Ensino", em Monsenhor Paulo.
Por algum motivo desconhecido, Pe. Rogério se propôs mudar de Diocese e deixou a cidade de Monsenhor Paulo, no dia 09 de março de 1970. Foram-lhe prestadas homenagens e as palavras do Sr. Geraldo Belato Teixeira, em nome da comunidade disseram tudo sobre o nosso benfeitor. Alguns pensamentos de seu discurso:
"Já há quase 8 anos, aqui viestes, chegastes numa tarde escura e chuvosa, em que as próprias luzes da cidade se apagaram ...
O apagar das luzes, certamente foi da Providência e vos despertou o desejo de iluminards por outro redor esta cidadezinha...
Iniciastes um trabalho sacerdotal; sua operosidade sem limites revelando-se desde os primeiros minutos, líder incontrolável, possuidor de culta e lúcida inteligência, sendo ao mesmo tempo Padre, Empreendedor e Educador ...
Em todos estes anos, vimos quanta dedicação e quanto zelo, dispensastes; vimos quanto esforço  dispensastes para a concentração do vosso ideal de bem servir o próximo; vimos uma a uma, germinarem e crescerem as sementes que vossas mãos plantaram ...
Deste-nos edificantes exemplos de dedicação absoluta ...
Durante todos esses anos, fornecestes aos alunos os elementos espirituais indispensáveis ...
Todos nós sentimos o benefício  de vossa presença, vosso zelo e caridade, vossa virtude e piedade, vossos conselhos e dedicação, um sacerdote assim é um Poder para a sociedade ...
Nestes anos de vossa existência em Monsenhor Paulo, compreendestes plenamente o mandato sublime  do Mestre que disse: Deixo o exemplo; fazei como eu fiz, porque trabalhastes sem desvio, sem esmorecimento.
Grande tristeza nos invadiu, quando recebemos de vós a notícia da vossa partida ...
Pedimos a V. Revma. que na impossibilidade de continuardes conosco, leve bem junto do vosso coração, a imperecível gratidão e a imorredoura amizade de vossos verdadeiros amigos de Monsenhor Paulo, deixando para os outros, o vosso perdão, esse perdão que, nesta hora venho pedir-vos para todos nós, pois bem sabemos, direta ou indiretamente, nós o fizemos sofrer com uma incompreensão, indolência ou falta de apoio..."
Padre Rogério deixou Monsenhor Paulo e se mudou para Belo Horizonte onde desempenhou várias atividades ministeriais: Capelão do Instituto Santa Tereza, Capelão do Abrigo da Polícia Civil, Capelão da Casa de Detenção Antônio Dutra Ladeira, Vigário na Paróquia Nossa Senhora Mãe de Jesus, em Roças Novas. Neste interim, cursou a Faculdade de Direito.
Foi agraciado com 3 medalhas de Honra ao Mérito: Santos Dumont, Inconfidência  Mineira e Almirante Tamandaré.
Diretor do SESI Benjamim Guimarães onde trabalhou 18 anos e se aposentou.
Dizimado pela doença (câncer) quando ainda estava em Belo Horizonte, internou-se em Campinas onde se submeteu a primeira cirurgia, no intestino. Com a saúde enfraquecida voltou à sua terra natal para ficar junto aos seus familiares. Em pouco tempo teve necessidade de nova intervenção cirúrgica realizada no Hospital Alzira Velano, em Alfenas. Por coincidência, o médico chefe foi um ex-aluno da Escola Estadual Presidente Kennedy - Dr. José Ademar Baldim.
Padre Rogério faleceu no dia 19 de dezembro de 1994. Foi sepultado em Campos Gerais, sua terra natal. Nós paulenses estivemos presentes, nesta data que foi uma data sentimento, uma data tristeza, uma data gratidão. A angústia visitou todos da comunidade de Monsenhor Paulo e todos recordavam o Pe. Rogério que Deus premiou com a facilidade da oratória e de entender os que o procuravam. Foi exemplo de integridade moral, possuidor de uma personalidade e uma convicção de seus ideais extremamente marcantes.
Com respeito e com amor, queremos homenagear o paulense Padre Rogério que foi a segurança, o amor e o baluarte da Educação Paulense, da Cultura e do Lazer, eternizando sua memória nas obras deixadas em Monsenhor Paulo principalmente a Escola Estadual Presidente Kennedy.

(Biografia elaborada por Wanny Câmara Furquim Baldim.)


 DIRETORES



- Padre Rogério Abdala
- Wanny Câmara Furquim Baldim
- Dothilde Pereira
- Jovita Pagano Mendes
- Elisabeth Silveira Caovila
- Tanismara Oliveira
- Rita de Cássia Gandini
- José dos Reis Alves





                           

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